Não há água saindo da
mangueira
Nem gotas pingando da
torneira
Brinquedos jogados no
quintal
Não há o canto dos pássaros,
nenhum pardal
Não há fluxo da correnteza
Nem força da corredeira
As margens estão escuras
Com peixes mortos entre as
espumas
Árvores secas adornam a
paisagem
Que se espalham em meio a
podridão
Aves mortas encalham nas
ferragens
E ficam lentas as batidas do
meu pobre coração
Nos desertos ainda se
rastejam os camelos e dromedários
Nas savanas já estão mortos
os elefantes e leões
Queimaram todas as cartas do
baralho
E esconderam todas acusações
Os rios e lagos secaram
Córregos e represas também
Não há mais vida na Terra
Nem em ninguém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário